domingo, 24 de abril de 2011

quando mais nada importa


Não se trata de tempos, não se trata de coreografias nem coreógrafos, não é onde actuar e que prémio ganhar, mas sim da forma que o vamos fazer, a forma como nos vamos entregar, os sentimentos que vamos dominar, os sentimentos que vamos mostrar, que vamos sentir. A dança tem a ver com isso, dar sem pensar em receber. Transmitir que aquele trabalho árduo, não é cansativo psicologicamente, embora o seja fisicamente, mas só o coração sabe até onde o nosso corpo vai e dizem, normalmente, que não há fronteiras para as nossas forças. Dançar é transmitir esse e aquele sentimento, sendo ele de dor ou de alegria. Sim porque a dança serve também para curar feridas que por algum motivo estão dentro de nós, serve para acalmar o espírito, mas isso só acontece a quem gosta do que está a fazer. Quem não se preocupa só e simplesmente com o movimento do seu corpo, mas sim com que magia ele está a ser exposto.
Na realidade todos a conhecem, é uma arte, com vários estilos para todos os gostos de música, todos a conhecem de uma saída á noite ou de aparecer na televisão, todos a conhecem porque se fala, porque se motiva. Todos a apreciam, todos por mais mínimo que seja tem presente na vida a dança. Mas o sentimento grande, valioso, quente, reconfortante, esses só alguns apanham, só alguns conseguem mostrar e só alguns conseguem vencer com ele.
Além de nos fazer dançar melhor, faz-nos sentir bem com o nosso interior que está tão bem empregue no papel que ela tem na nossa vida.
E assim é para mim. Para mim é mais que uma boa coreografia, mais que tempos certos, mais que caras bonitas e elegantes vestidos, mais do que sandálias, é o sentimento grande, o amor forte que sinto quando danço, o poder que entra em mim e me faz sentir que o mundo é apenas aquele momento e o palco é o sítio onde eu esteja, independentemente que seja belo ou não. É ali que a transformação se dá, é ali que eu fico satisfeita, realizada e feliz. Ali, em qualquer lugar e naquele momento, porque para mim (quase) mais nada importa.
Na minha vida desde sempre e para todo o sempre!